30 de agosto de 2013

A Menina que Semeava de Lou Aronica

 

A Menina Que Semeava

Um mundo dentro de cada um

“A Menina que Semeava” do autor estadunidense Lou Aronica é um livro novo que mistura realidade com fantasia. Se de um lado temos a adolescente Beck que convive com a possibilidade de voltar a ter leucemia e a separação definitiva dos pais, do outro temos a princesa Miea, que deve lidar com uma praga misteriosa que ameaça destruir todo o mundo de Tamarisk.

O pai de Beck, o botânico Chris Astor não consegue aceitar o fado de estar se afastando da filha. Ela está crescendo rápido, já tem 14 anos e a conexão entre eles parece próxima de ruir. Eram tão unidos na época da doença de Beck. Haviam até criado um mundo mágico para contar histórias que serviam de distração para a filha doente. Tudo estava se acabando e Chris atribuía a culpa á sua ex-esposa Polly que a todo custo tenta afastar Beck dele. Chis é um homem com a cabeça nas nuvens, segundo Polly. A menina, por sua vez, não gosta do que sua mãe diz do pai. Não poderiam viver como pessoas normais? Ainda que o casamento entre os pais não existisse, não poderiam ao menos se respeitarem? Beck não quer magoar nem sua mãe nem o pai e isso lhe custa esconder deles algo importante. 

Em núcleo diverso, a princesa Miea tem de lidar com a morte dos pais, rei e rainha de Tamarisk. O fato inesperado a transforma em rainha precoce e a afasta dos amigos e amor que começava a descobrir. Ela tem novas responsabilidades e uma delas é descobrir o que houve com os pais. Enquanto estuda os relatórios sobre o acidente, a princesa se depara com a volta de algo que já atormentou o reinado. A Praga, uma doença misteriosa que destrói toda a vegetação de Tamarisk está de volta.  

Aronica conta duas histórias e aos poucos vai estabelecendo a conexão entre elas. Realidade e fantasia em certos momentos trocam de papel e o leitor vai sendo conduzido por uma história mágica e vibrante. Conceitos filosóficos de realidade são explorados; de existência. Ao final, com as histórias intimamente ligadas, o desfecho apesar de emocionante não é surpreendente.  O leitor atento percebe o que liga os dois mundos já nos primeiros momentos de leitura. Mais que isso, é muito simples associar o problema de Beck com o problema de Tamarisk.

De leitura simples, de personagens bem construídos e cativantes, “A Menina que Semeava é uma boa leitura. Apesar da “alma” da história ser previsível, o toque de emoção que o autor deixa em suas linhas compensa. Podemos viver; vencer se o impossível for apenas uma palavra. E ele é. Fica a resenha e a dica.

Abraços

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