Bélica sempre teve ódio, fúria e gana pela vitória. Nas batalhas que lutou, desde a época de Esparta, até o Iraque, odiou cada célula do seu inimigo. As pessoas que a viam tão determinada julgavam-na como vilã ou a personificação do mal.
— Eu não compreendo a associação que fazem do respeito que tenho pelo meu inimigo com o mal — certa vez, ela argumentou com a irmã enquanto a visitava no Sebo. — Eles te julgam como são. Confundem de maneira juvenil um oponente com o mal. Assim, cobrem de justificativas suas atitudes e a luta se torna digna.
— Está me dizendo que para eles tudo aquilo que é oposto é tido como ruim? Que não há diferença entre um embate e a dignidade? Odeio meu inimigo, mas o vejo como digno.
— São egoístas, Bélica. O que é alheio a eles é ruim, já que se consideram bons.
— Talvez não sejam dignos, minha irmã.
— Não diga isso, está falando como eles.
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