26 de fevereiro de 2019

A PRINCESA QUE TINHA MEDO DE BARATA - Marcos Cunha


Uma historinha sobre preconceito

"A Princesa que Tinha Medo de Barata" é o segundo livro infantil do escritor Marcos Cunha. Ele será lançado na manhã do dia 9 de março de 2019 no Centro Cultural de Mogi Guaçu/SP. Trata-se de um conto lúdico, mas que tem por premissa ensinar sobre preconceitos.

Somos apresentados à princesa Bella que sempre habitou o castelo de seus pais, cercada de carinho e cuidados. Com o passar dos anos a princesa se tornou uma menina curiosa que desejava intimamente conhecer coisas novas. Seus pais, no entanto, a alertavam dos perigos que habitavam o mundo fora do castelo. Num dia em que o pai se ausentou por conta de uma  convocação de reino vizinho e não deixou ordens pré-estabelecidas, Bella resolver fazer o que tinha vontade. Este é o ponta-pé para a grande aventura que aguarda a princesa que tinha medo de barata.

Num ritmo cadenciado e dinâmico Marcos Cunha nos envolve com esta belíssima história infantil. Ensinando e brincando. Os desenhos de Denise Oliveira Maran contribuem para a experiência de leitura, dando um retrato convincente de como é o mundo da princesa Bella. 

Em suma, uma obra infantil bem acabada que aborda tema relevante. Eu tive acesso ao arquivo digital do livro, mas no dia 09 de março estarei no lançamento para pegar o meu exemplar. Ah, e minhas filhas vão adorar o lançamento, principalmente a surpresa que as aguarda. Falei demais? 

Fica a breve resenha e o convite para o lançamento. 


Eis os dados completos: 
Lançamento do livro A Princesa que Tinha Medo de Barata
Data: 09/03/2019
Hora: 10h
Local: Sala de Vídeo "Célia Maria Stábile", Centro Cultural de Mogi Guaçu, situado na Avenida dos Trabalhadores, nº 2651, Jardim Camargo, Mogi Guaçu/SP.
           

21 de fevereiro de 2019

Problema de memória


Nada de novo me sobreveio nos anos de adulto. É verdade que esqueci o quando e até penso num diploma ou outro. Os olhos de todos gostam de ver um diploma pendurado, mas é bobagem. Não há novidade. Atestados, memorandos, ofícios, papéis que expressam algo que, muito antes, é aprendido. O que é certo é certo, meu filho, assim dizia minha mãe. Meu pai completava: o errado é errado e você sabe disso. Na infância fiz meu Curso de Vida. 

Tenho um problema de memória com o quando ou sou um aluno repetente e incorrigível.  

Paul Law, Mogi Guaçu, 21 de fevereiro de 2019. 

18 de fevereiro de 2019

Memórias Inventadas: As Infâncias de Manoel de Barros



Viver é poesia

Você já deve ter "ouvido falar" de Manoel de Barros, o poeta sul-mato-grossense  que faleceu aos 97 anos de idade no ano de 2014. "Memórias Inventadas, As Infâncias de Manoel de Barros" é um compilado de três livros intitulados de "Memórias Inventadas I, II e III, publicados de 2005 a 2007. Pela obra pode-se ter uma breve noção do que fazia o poeta; do quão íntimo era da Natureza e da Poesia que, no fim das contas, é a mesma coisa.

A divisão em infâncias é proposital. É que o poeta acreditava que a única fase da vida que perdura é a de criança. Assim, a Primeira Infância seria a infância propriamente dita, a Segunda Infância a maturidade e a Terceira seria a velhice. Bem, em tese, ou teoria, coisa que Manoel não gostava muito. Para ele poesia é poesia, não se explica, se entende; se faz. E ele fazia sempre e sem se preocupar com o futuro dos seus versos. Usava lá seus caderninhos artesanais para registrar o mundo de forma singular. Conseguia fazer poesia com temas ignorados pela maioria das pessoas, como , por exemplo, uma lata velha. Numa de suas poesias mais criativas chega a poetizar o ato de obrar. 

Homem culto, mas humilde, amigo dos pássaros e avesso aos doutores. Um exemplo de harmonia com o Mundo e que deixou um legado maravilhoso. Ler Manoel de Barros é como voltar para casa à tarde e observar o sol se pôr. É como ver as estrelas salpicarem o céu aos poucos enquanto a noite chega; escutar o farfalhar das folhas nas árvores. 

Agradeço à escritora Isa Oliveira pela indicação. 

Fica a breve resenha e a dica. 
Abraço!  

   

12 de fevereiro de 2019

Germinando um velho



Estou plantando um idoso no meu quintal. Se tudo der certo, colherei um ser arcado, miúdo, de grossas lentes nos olhos e de pouca audição para os sons de fora. Um homem sempre cansado, mas satisfeito. Lento, em paz e cheio de histórias. Com voz amena, compassada; que fale pouco, Deus do céu, falam muito hoje e a todo momento! Quero que o meu velho deguste do silêncio como de bom café, coado em filtro de pano; que acorde cedo para ver o sol nascer e esteja presente quando o astro-rei for embora. Eu sonho com o meu velho bem sadio; que carregue nos olhos os seus pais, mas que não aceite ser carregado em uma cadeira por seus filhos. Orgulhoso na medida que a morte exige. Homem preparado para o dia último. Digno de se findar com coragem. Difícil para este velho se tornar uma árvore, mas eu tentarei. O chão do quintal é de pedra, nasce nada.

Paul Law,  Mogi Guaçu, 12 de fevereiro de 2019.

  

7 de fevereiro de 2019

Delegado Tobias


Rápido e certeiro

A primeira coisa que eu pensei quando li o título deste livro/conto foi que se tratava de uma narrativa policial intrigante, cujo mistério consistia em descobrir quem era o criminoso. Depois, pensei em algum engano; erro de impressão ou defeito. Faltavam páginas? Só então descobri a verdade: "Delegado Tobias" é um conto super original e inovador! Vale cada minuto de leitura. 

Ricardo Lísias é o autor deste conto e também o personagem central da trama. No enredo ele é um escritor encontrado assassinado em seu apartamento, sendo o delegado Tobias o responsável pelas investigações. Os acontecimentos são relatados em formato de reportagem e vez ou outra duas pessoas estranhas comentam sobre o caso. Dois indivíduos humildes que têm opinião bem simples sobre o caso: o escritor é um drogado maluco. Lá para o meio da história aparece o suspeito e vejam só, ele é homônimo da vítima. Confusão à parte, o exercício explicativo e criativo empregado por Lísias é irônico e cômico. 

Inteligente e crítico "Delegado Tobias" é uma obra sensacional. Textos omissivos, críticos e metalinguística empregada na medida. Mandem soltar o pobre Lísias! 

Até a próxima.