O fogão à lenha, limpo, a louça
meticulosamente arrumada, a torneira da pia fechada, mas a água pingando vez ou
outra sobre a lata da cuba, emitindo o som característico. A mesa sem xícaras e
bule de café. Toda aquela arrumação denunciava ausência.
Então, foi até o quarto de quem não estava, pensando que talvez houvesse apenas indisposição, mas lá encontrou a cama
arrumada e a cortina dançando ao som do vento sobre a janela aberta. Mais uma
vez ausência? Os seus olhos se encheram de lágrimas, pressentindo que a
falta daquele dia se repetiria no porvir. Deixando de estar vira nunca mais.
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