"Não tem  como não se apaixonar por Ester. Do começo ao fim o livro é emocionante.  Paul Law, autor com grande potencial, conseguiu dosar toques de  aventura, drama, suspense, ensinamentos filosóficos, entre outros temas  abordados na obra. Desde o começo você se deixa levar na aventura da  mocinha da história. Ela passa por maus bocados, realmente. Conhece  vários amigos e cria laços afetivos com as mais variadas criaturas. Não  posso contar muito aqui do enredo para não estragar a surpresa... E no  final a surpresa também é bem grandiosa. Faz você refletir sobre a vida,  sobre atitudes a tomar. 
Cada  capítulo é um ensinamento. De forma muito inteligente, Paul Law utiliza  metáforas bem interessantes que nos mostram alguns valores um pouco  esquecidos por nossa sociedade. Uma dessas metáforas que não sai da  minha cabeça é a do Povo dos Cotovelos Virados. Eles não conseguiam se  alimentar direito, pois tinham os braços virados ao contrário. No  entanto, Ester os ensinou a ajudarem uns aos outros na tarefa, para que  assim todos pudessem se alimentar corretamente; tal ação os deixou  infinitamente mais felizes. E, realmente, se ajudarmos uns aos outros,  nos tornaremos não só mais felizes, como também mais humanos, mais  completos, mais justos. Ainda mais agora nessa nossa sociedade que cada  vez mais se torna individualista. Há um autor chamado Zygmund Bauman, o  qual chama nossa sociedade de “líquida”. O que ele quer dizer com isso?  Que nas nossas vidas os laços de amizade, de amor, parentesco,  fraternos, estão se liquidificando... Ou melhor, os relacionamentos  concretos, sólidos, estão acabando aos poucos. A característica do  líquido é ser inconstante, efêmero, passageiro... O sólido dura anos; o  líquido dura segundos. O sólido pode ser eterno; o líquido é  instantâneo. Segundo Bauman, cada vez mais a gente ruma pra essa  sociedade líquida... E o individualismo é uma de suas principais  características. Ele traz consigo o egocentrismo, o egoísmo...
Portanto,  Ester surgiu num momento muito propício para refletirmos acerca dessa  situação dos nossos tempos. Nossa capitalismo desenfreado, a vida  competitiva, tudo isso contribui para o mencionado individualismo. E  vamos nos tornando cada vez mais parecidos com máquinas... Bem que os  escritores de ficção científica vem nos alertando sobre isso desde o  século XIX. Uma sociedade de robozinhos individualistas, cada um com sua  função social, cada um com seu espaço. Compartilhar esse espaço com os  outros? Não! Há sim muitas brigas por espaço, por destaque. Verdadeiras  arenas de batalha. A ideia do “que vença o melhor”.
Porém,  como alerta o autor, somos apenas O “Povo dos cotovelos virados”. Por  que diabos não ajudamos uns aos outros? Nos ajudando, ganhamos muitos  mais. Conquistamos muito mais espaço. É só deixarmos um pouco de ser  esses “corpos dóceis”, tão mencionados pelo Michel Foucault; esses  indivíduos controlados pelo sistema, servos, cegos, que se deixam levar  pelas circunstâncias. Ester é o sujeito que alertou aqueles seres que  estão presos na Caverna de Platão. Ela mostra para eles o caminho a  seguir. Os ensina como se desvencilharem das correntes que os  escravizam.
Em vários  momentos do livro dá para se perceber essa ideia platônica presente no  Mito da Caverna. Ester é aquela que traz em si a essência humana  primordial. Ela é o ser puro; não se deixou corromper pelos males da  sociedade. Nesse sentido, ela é como o homem no “estado de natureza” de  Rousseau. Aquele que traz a essência mais bela do ser humano. Se a gente  for falar em termos cristãos: aquela que traz a luz ao mundo. Ou, em  termos das filosofias orientais: aquela que atingiu o equilíbrio, que  alcançou a luz, o nirvana.
Ester é  de uma sabedoria “salomônica”. Com decisões simples, provindas do fundo  de seu coração, dá lições a todas as personagens do livro de Paul Law.  E, ao mesmo tempo, nos ensina, é claro.
Em todos  os capítulos dá para se perceber críticas sociais de todos os tipos.  Críticas à violência, ao abandono, ao individualismo, à vaidade, à ânsia  pelo poder, ao querer conquistar tudo sem se preocupar pelas  consequências. E a resposta final para tudo isso é o “amar uns aos  outros”. Só amando é que conseguimos consertar todos os males da  humanidade. O amor incondicional de Ester. O amor puro, inocente,  infantil. A filosofia do livro é essa. É simples e contundente,  objetiva. E acredito que é isso o que estamos precisando nesse momento  complicado no qual vivemos. 
Espero que apreciem a leitura. Eu adorei! Ao autor, meus parabéns pela grande obra! Ela merece ser lida por todos. Ela DEVE ser lida por todos."
Espero que apreciem a leitura. Eu adorei! Ao autor, meus parabéns pela grande obra! Ela merece ser lida por todos. Ela DEVE ser lida por todos."

Olá Paul. Muito interessante a resenha. Muito boa a dose de mistério. Meus parabéns ao Leandro de Paula pela resenha e a você pelo livro. Abração.
ResponderExcluirOlá, Paul!! Adorei a resenha do seu livro por Leandro Paula! Mostrou de forma sincera e sucinta toda a história de Ester, que certamente traz uma grande lição de vida.
ResponderExcluirParabéns!!
Abraços.
Cláudio, obrigado! Sua opinião, amigo escritor é sembrebem-vinda. Um abraço.
ResponderExcluirMariana,eu também achei isso! Ficou mesmo ótima a resenha. Obrigado pelo comentário, amiga autora!
Abraços!
Ei Paul,
ResponderExcluirEstou na pág. 101 de Ester,estou fascinada,encantada,maravilhada pelo livro.
Sucesso pra vc!
Bjs
Fran
Fran, obrigado! Seu desejo de sucesso e sua leitura são muito importantes. É ótimo agradecer por isso.
ResponderExcluirUm abraço, amiga!
A resenha é muito interessante mesmo. Acredito que é decorrente da qualidade do livro também!
ResponderExcluirUm abraço!!
Vejo uma Alice no País das Maravilhas, mas com um olhar magicamente voltado para a realidade que tanto precisa de atenção.
ResponderExcluirEster entrou para a minha lista de leitura. Depois de passar os olhos por tantos livros aparentemente sem conteúdo, ler uma obra com a profundidade que Ester promete vai ser muito gratificante.
Agradeço muito pelo comentário e opinião, Wellington. Aguardo ansioso pela sua opinião sobre o livro.
ResponderExcluirAbraço, amigo.
"Povo dos cotovelos virados"! (:
ResponderExcluirComo disse o Wellington, "Ester" entrou para minha lista de leitura. Parabéns pela publicação do seu livro e pelo blog!
Ariane, obrigado por desejar ler Ester! Somos sonhadores e o reconhecimento dos nossos sonhos é importante! Um abraço.
ResponderExcluirBrune, em tempo, obrigado também pelos elogios á minha obra.