30 de novembro de 2021
10 minutos e 38 segundos neste mundo estranho
26 de novembro de 2021
Um
O carro vale um, assim como a casa, a TV, a cama, o celular. Ora, não era de se esperar diferente, pois um deve valer um preço. O trabalho de uma pessoa é remunerado por dia de trabalho. Compraria ela qualquer coisa que fosse única pelo preço do seu dia, afinal todo dia é único. Assim seria para tudo; uma noite de descanso; uma viagem; uma mãe; um pai. Obviamente que nem tudo há de ser único. Para essas coisas teríamos o dinheiro.
17 de novembro de 2021
Arte em Movimento em Mogi Guaçu
Aconteceu no dia 7 de novembro de 2021 a entrega do 7º Troféu Arte em Movimento aqui em Mogi Guaçu. O evento se deu nas dependências do teatro Tupec no Centro Cultural da Cidade, homenageando o cantor e compositor Armando Moreli. Sim, o troféu deste ano levou o nome do talentoso músico.
Com o apoio da Secretaria de Cultura, sob o comando do Jamelão e do Zep, o criador do prêmio, muitos artistas da nossa cidade e da região foram homenageados. Fátima Fílon, Marcos Cunha, Rosely Rodrigues, Olivaldo Junior, Diamantino Gaspar, Ubaldino entre outros receberam o troféu. Eu também!
Ah, entidades culturais também foram lembradas, como a Academia Guaçuana de Letras que foi homenageada na pessoa de seu presidente Luís Braga Jr. O CUCA, o Coletivo Cultural foi lembrado na pessoa de seu representante o Rodrigo Peguin.
Teve apresentação de balé e música com o próprio Armando Moreli, além dos Inspirados Rap Nascional. Outros artistas deram sua contribuição ao evento com suas palavras e performance.
Ah, minha filha Bárbara também foi lembrada e fica aqui o meu agradecimento à Comissão Julgadora do Arte em Movimento pela lembrança tão importante para ela e para mim. Quer ver algumas imagens?
Fica o registro e o agradecimento!
Abraço.
5 de novembro de 2021
Demônio Vaidoso
Entra Vaidosa, agora vestida com um luxuoso vestido negro. Um extravagante chapéu e véu. Aproxima-se, chorando. Diz:
— Se eu tivesse sido eleita seria a mais bela das viúvas. Ao final deste ato choraria por ti por sete dias e sete noites. Todos comentariam de mim: ali vai dona Vaidosa enviuvou-se de Benjamim e sofre muito. Tão jovem e bonita, a pobrezinha.
— Quanta bobagem!
— Bobagem? E o seu caso? Aqui ficou Benjamim, aquele que sofreu a perda de Isalinda. Como sofreu e sofre o homem! O seu sofrimento é único! Não há outra alma que padece tanto. Ele se pergunta: por quê? Há Justiça? Não! Claro que não. Fora por toda vida um bom homem; temente a Deus, cumpridor de seus deveres, trabalhador. Nem palavrão proferiu. Mesmo assim perdeu tudo. Ele está cansado, mas ainda tem medo. Quer continuar sendo Benjamim mesmo depois; depois do fim... Não aceita dormir; não acredita que um dia o mundo seguirá em frente e ele nem será lembrado. Talvez uma foto no fundo de uma gaveta; um olhar triste de alguém que o conheceu. Depois este alguém também alcançará o último dia. Eu sou o seu demônio vaidoso; sua singularidade. Você não quer deixar de ser o que é, mesmo sabendo que é inevitável.
— Tens razão. Eu deveria ter te escolhido como esposa. Talvez estivesse em paz agora.
— Pois então, mas agora é tarde. Tempo não volta, cada dia é único; cada minuto! Eu me vou, mas outros cinco demônios ainda vão te visitar antes do derradeiro momento. Aproveite cada segundo...
Vaidosa pede ao público uma salva de palmas. Ele obedece e ela sai de cena após uma reverência de agradecimento.