26 de dezembro de 2011

O natal de Helena

 

O título desta postagem refere-se ao meu conto que foi publicado na revista Varal do Brasil de dezembro. Para quem quiser conferir toda a revista é só clicar aqui. Agora transcrevo o conto na íntegra.

O natal de Helena

O cavalo disparou pela estrada barrenta daquele sítio distante. Em seu dorso, a jovem Helena tinha os olhos cheios d’água, tal qual o céu daquela noite. Era difícil para ela, era impossível passar a noite de natal sem seus pais, era a primeira sem eles.

“droga” 

O cavalo tinha o cemitério como rumo certo, ainda que fosse tarde demais. As águas que caiam devagar do céu, atingiam o rosto pálido da menina de sete anos com agressividade, o animal que a conduzia ia veloz.
Entrou na cidade de Neo Texas, deserta àquela altura da noite e rumou para a Rua Alta, o destino de quem não dispunha de vida. No alto, cercado de grama, árvores secas e cruzes se faziam aterrorizante. O cavalo parou depois de ter as rédeas puxadas com violência pela pequena amazona. Ela desceu e foi até o túmulo dos pais.

“Acho que eu deveria ter apertado aquele gatilho, quando tive a chance. Eu tinha que estar aqui, junta de meus pais porque é muito difícil ficar sem eles. O Billy é um bom homem, mas não é meu pai.”

A criança sabia onde estavam os túmulos dos pais, havia ido até lá várias vezes, tinha o hábito de falar com eles, de jurar vingança. Esta noite o motivo da visita era outro, de saudade. Ela se aproximou, sentou no túmulo de pedra da mãe:

“Mãe, eu tô com saudade. Não sei se serei forte o suficiente para vingar a senhora e o papai. Desde que perdi você, vivo com um homem chamado Billy que cuida de mim e me ensina a ser forte o suficiente para me vingar, vocês sabem. Nessa noite de natal, Billy não fez nada de especial, nem um presente comprou para mim, o que me deixou muito triste porque é o primeiro natal que passamos juntos. Ele não é como a senhora ou papai que sempre me encheram de presentes e festa nesta época do ano. Quando saí de casa, ele já estava dormindo.” 

A menina dizia com os pensamentos. Tinha certeza que a mãe podia ouvi-la assim.

“O natal é tão importante, não é? A senhora sempre dizia. Se eu tivesse uma arma eu já teria ido para onde vocês estão, para comemorarmos o natal como antes, como uma família.”

Helena ouviu o barulho de cascos. Alguém se aproximava e ela sentiu medo. Depois imaginou que talvez fosse um bandido mandado por sua mãe, para levá-la naquela noite, afinal tinha pedido.
— Que faz aqui a esta hora? — era Billy.
— Vim ver meus pais nesta noite de natal. — ela enxugou as lágrimas, Billy não gostava de vê-la chorando.
— É perigoso montar por aqui, Helena.
— Como se você se preocupasse comigo.
Fez-se silêncio. Billy acendeu um cigarro e Helena disse-lhe:
— Pode ir embora. Eu vou para casa logo.
— Trouxe-lhe um presente.
Os olhos da pequena Helena brilharam.
— O quê?
— Isto — ele enfiou a mão no coldre e retirou um revólver 38 — Ele é mais leve que os tradicionais, tem cabo de marfim. É uma ótima arma. Feliz natal, guria.

“Era o que eu mais queria.”

— Obrigada.
— De nada. — Billy deu a volta com seu cavalo e cavalgou para a saída daquele cemitério.
Helena sorriu ao fitar a arma pequena, ele gostava dela. Abriu o tambor e viu que estava carregada, confiava nela. Levantou-se do túmulo da mãe com um sorriso no rosto.

“Obrigada, mamãe.”

No dia seguinte, quando o cacarejar das galinhas acordou a pequena Helena, ela fitou o presente que descansava em cima do rústico criado-mudo. Sorriu. Levantou-se ligeira, fez sua higiene matinal e desceu as escadas de madeira do casebre de Billy. Sentiu o cheiro de frango sendo assado e notou que o tutor estava na cozinha, preparando algo.
Quando a curiosidade foi maior, Helena adentou pela porta e viu uma mesa bem arrumada, Billy preparava o banquete natalino. Lágrimas se ajuntaram nos olhos da criança quando ela ouviu o homem:
— Feliz natal, Helena!

21 de dezembro de 2011

O Diário do Fezesman: Jogando bola


fazesdiário
É incrível o meu dom para a cagada. Desconfio que isso tenha a ver com minha condição existencial, mas não estou completamente certo sobre isso. Como você já deve ter percebido, eu sou um cocô. Alguns me chamam de merda, outros de bosta. Tem aqueles que usam a criatividade para dizer que sou um peixe japonês, um “toroço”. É um trocadilho com trôço, outro dos meus apelidos.

Mas, não estou aqui para dizer de como me chamam, mas sim sobre as merdas que faço. Para você ter uma ideia, fui convidado para jogar um “futiba” na casa de uns amigos e só quando chegamos lá que percebemos que não tínhamos como jogar. É que nos faltava pernas. Um cocô deveria ter pernas; seriam úteis.

16 de dezembro de 2011

Estão falando

 

Olá amigos! Ontem fui informado de que uma matéria sobre a Mutuus (editora de La Bandida) tinha saído no jornal O Globo. Corri para ver o que estavam dizendo mas não pude encontrar o jornal para comprá-lo. Só pude der uma matéria disponível no portal do jornal. Querem ver?

http://oglobo.globo.com/zona-norte/os-autores-fantasticos-da-tijuca-3444656

A matéria fala sobre o sucesso dos escritores fantásticos. Menciona a Mutuus, o autor Leonardo Schabbach, além de outros expoentes fantásticos. Parabéns para todos eles!

O meu editor disse que a matéria impressa era centrada na editora Mutuus e no livro “O Código dos Cavaleiros” do autor Leonardo Schabbach. Entretanto, ela contava também com menção e imagem de La Bandida e Balelas. Este último título é do autor Wander Shirukaya. É muito legal fazer parte deste grupo de autores que está mudando a literatura brasileira.

Aproveito a oportunidade para agradecer mais uma vez à matéria feita comigo no Jornal Cidade sobre La Bandida. Eis uma imagem:

JC matéria

Também à Gazeta Guaçuana, por nota em seu catálogo de cultura:

Gazeta matéria

 

Bem, é isso. Desejo a todos os autores fantásticos ou não, mas brasileiros e novos, muito sucesso. Que a força esteja com todos eles.

Abraços.

13 de dezembro de 2011

Como foi o lançamento de La Bandida

 

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Olá amigos leitores, como estão? A postagem de hoje é super especial, pois se refere ao evento de lançamento do meu livro La Bandida, publicado pela Mutuus editora e lançado oficialmente no sábado passado, na Livraria Nobel.

O evento contou com a participação de amigos, familiares e curiosos. A Livraria Nobel perdeu o meu banner de lançamento, então não reparem a ausência dele nas fotografias.

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Foi muito bacana!

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Até mesmo o Secretário de Educação de Campinas esteve lá com sua família.

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Minha família também!

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E os amigos!

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Gostaria de agradecer a todos pela presença e apoio. Agradeço ao Jornal Cidade de Mogi Guaçu e à Gazeta Guaçuana pela divulgação.

Quer conferir La Bandida também? Clique aqui!

Abraço.

5 de dezembro de 2011

O lançamento de La Bandida

 

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Olá, amigos leitores! Está chegando o dia do lançamento do meu terceiro livro e estou muito ansioso. Puxa, já é no sábado! Gostaria de agradecer a todos os meus leitores a amigos que tornam tudo possível.

Ao Varal do Brasil pela nota, informando sobre o lançamento de La Bandida, fica registrado o meu agradecimento:

http://varaldobrasil.blogspot.com/2011/11/lancamento-la-bandida-de-paul-law.html

Também ao blog Rainha da Floresta pela nota:

http://blogdarainhadafloresta.blogspot.com/2011/11/lancamento-do-livro-la-bandida-de-paul.html

E a divulgação especial do blog Primeiro Livro:

http://www.primeiro-livro.com/2011/12/super-post-15.html

Já sabe não é? Dia 10 às 10:00h, na livraria Nobel de Mogi Guaçu/SP, cituada na Rua Chico de Paula, n° 289, Centro, tem o lançamento de La Bandida. Conto com a presença de todos vocês!

Abraços.