2 de agosto de 2011

O retorno



Um vendaval devastador adentrou pelo salão principal do castelo de Estela e destruiu vidraças e vasos. A velha senhora, pressentindo o pior, usou de toda a sua força para chegar rápido ao local em que os ventos faziam destruição. Jorge II, mais ágil chegou primeiro, contudo fora arremessado contra a parede de pedra do recinto, por alguma força desconhecida.
Quando Estela entrou no salão, o vendaval abrandou, como se não quisesse machucá-la. Estela gritou:
— Você não!
O vento soprou forte para o centro do salão onde descansava Miranda em seu caixão de cristal, derrubando-o e estilhaçando todo o vidro. Estela se aproximou do corpo da antiga amiga, preocupada. O vento havia cessado:
— Por que ela? — disse para o corpo belo da amiga.
Miranda abriu os olhos rubros:
— Porque tinha que ser alguém Estela. Miranda tem a conexão que necessito para transitar de onde estou para cá.
— Diziam que você voltaria para o fim do mundo, mas eu não acreditei.
Miranda, possuída por alguém conhecido de Estela se colocou sentada:
— Muito paguei para estar aqui menina Estela.
— Para acelerar o fim? Pretende se juntar ao Fogo para acabar com tudo?
O ser obscuro colocou-se em pé:
— Não é negócio para mim o fim do mundo. Voltei para impedi-lo.
Estela sentiu as pernas cansadas fraquejarem. Não sabia dizer se era por conta do cansaço ou se por medo daquele que estava à sua frente. Afastou-se antes de dizer:
— Quer nos ajudar a deter o Fogo?
— Sim. — o corpo de Miranda balançou a cabeça.

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