10 de novembro de 2010

O superego e seu perigo


 

Esta postagem condiz com minhas observações sobre o mercado literário, mas não especificamente. Na verdade, ela diz respeito ás pessoas; aos escritores mesmo. Muitos deles estão dando valor excessivo a si mesmo e ao seu trabalho, esquecendo-se de que escrevem para serem lidos e não para eles próprios. A esta postura dou o nome de superego, com nova ortografia e tudo! Nós, autores iniciantes, temos que tomar muito cuidado com isso, pois não devemos esquecer que estamos realizando um trabalho para leitores. Eu sei que é difícil não se empolgar com personagens, história e a possibilidade de ser famoso,mas nós temos que ser prudentes sempre!

Você deve sim ficar empolgado com seus personagens, suas histórias e comentários sobre ela, mas não deve deixar que estes fatores sejam mais importantes do que quem está lendo seu livro. É preciso ter em mente aquilo que você como leitor gostaria de ler para depois ser escritor. Aqueles que trabalham a qualidade textual de maneira incessante e enriquecem o texto com detalhes, são louváveis; aqueles que fazem tudo isto para ter o aval da crítica e a desconsideração dos leitores é desprezível. Tenha em mente que você está iniciando sua carreira literária e que está em um mercado disputadíssimo, mas que esquece que sobrevive por causa dos leitores. (eis a dica principal). É incrível como editoras, escritores, roteiristas e diretores se esquecem de que é para o público que trabalham. Você não deve se esquecer nunca!

Quero frisar que não há receita para escrever e fazer sucesso ou escrever bem. Não existe, a meu ver, regras predeterminadas para o ramo, tampouco entendo que livros curtos, com linguagem simples e mensagem bonita ou apelo comercial, infalivelmente vão fazer sucesso. Livros avessos a estas qualidades podem sim desbancar aqueles primeiros, dependendo de inumeráveis fatores. Minha dica para este impasse é a seguinte: escreva aquilo que sua alma deseja, mas escreva para os leitores.

O ego é importante. Saber se dar o devido valor é indispensável, faz parte de quem tem personalidade própria e não é um simples boneco globalizado. Superego é dispensável, seguindo a política de que tudo em demasia atrapalha. Aliás, nosso trabalho é uma reflexão constante de não ser mais nem menos, mas na medida, no meio, entre os leitores. Então preste atenção nestes detalhes importantes, amigo escritor novato! Escreva seus livros para os outros, pois quem escreve para si mesmo são os poetas! (brincadeira com os poetas).

Abraço e sucesso para todos nós!

2 comentários:

  1. Um ego inflado atrapalha em tudo, não somente na hora de publicar livros. Nunca devemos deixar que nossos egos nos impeçam de enxergar as outras pessoas ao nosso redor. A modéstia é uma virtude, assim como a humildade para aceitar as críticas e procurar melhorar sempre.

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  2. Palavras muito bonitas, Patty! ^^'

    Concordo com tudo o que você disse! Um abraço!

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