Diálogos de Áurea
— Mata-me de um modo que eu possa continuar morta; poupe-me de viver sem viver. — disse Áurea para o mágico Frys.
— E posso? Posso dar-lhe o que pede, mulher? — respondeu Frys.
— Quem poderá?
— Andamos tanto para desistir agora? Cá estamos no Cemitério de Lady Morte.
— É que agora que me veio devaneios. Morta ou viva, não compreendo o que fazer. Ao fim da minha busca, deparo-me com a questão: agora que veio o final, o que virá depois?
— Eis que logo saberemos, pois a Morte já nos viu.
— Saudações Áurea e Frys. —Disse-lhes Lady Morte vestida de mágico.
— Não sei mais se quero voltar a viver, Morte.
— Pois não lhe cabe decidir.
— Cabe a ti?
— De certo modo. Como havia lhe dito não sou eu quem devolvo a vida, mas decido quando ela acaba.
— Quero que acabe. Não desejo mais reviver. Tudo que andei e sofri e nem mesmo falar-lhe consegui. Agora cá estou no mesmo local que meu corpo descansa.
— Se é esse o seu desejo, dê-me a mão.
— Não Áurea!
— E quem és tu que surges brilhante?
— Quem busca.
— Por que só agora?
— Agora sou necessária. Quer viver?
— Diga não! — Franziu o cenho, Lady Morte.
— Pense bem. — ponderou Frys.
Como é bom ler seus livros Paul, e "Ester" foi um dos que me surpreendeu. Sua narrativa transparente e bem elaborada é uma dos fatores que me deixa boquiaberto. Acredito no seu sucesso Paul, pois criatividade é oq que não falta em você. Abraços.
ResponderExcluirLourival, muito obrigado pelas palavras de incentivo. Sua presença nova é bem-vinda, amigo e gratificante.
ResponderExcluirUm forte abraço e sucesso!