19 de abril de 2013

Píramo e Tisbe morreram antes de Romeu e Julieta

 

Na mitologia grega há um conto que atualmente é intitulado de “Píramo e Tisbe”, cuja essência consiste em relatar a paixão ardente de dois belos jovens que, apesar de vizinhos, estão separados por uma grande muralha. Por uma fresta do intransponível muro, os dois conversam e se apaixonam, apesar de nunca se verem. A situação se torna insuportável e Píramo propõe a fuga do sórdido local, o que é aceito pela amada Tisbe. Porém, a sorte não acompanha o casal e infelizes deduções culminam em tragédia.

Tisbe chega primeiro ao local combinado, afastado, embaixo de uma amoreira e tem tempo de observar uma leoa passar com os pelos manchados de sangue. Deduz que seu amado fora atacado e morto pelo funesto animal que agora bebe água no riacho próximo. Escondida, observa a leoa brincar com sua manta que havia deixado ali perto quando então chega Píramo. O belo ao perceber a leoa rasgar as vestes da amada também entende o pior. Desolado, saca do seu punhal e dá cabo da própria vida. O esguicho de seu sangue tinge para sempre os frutos da amoreira que outrora eram brancos, de rubro. Quando Tisbe se dá por si, só tem tempo de observar os últimos momentos de Píramo. Munida de desgosto também se mata com a mesma arma do amado.

Triste sina? Não é segredo que o tal conto serviu de inspiração para Shakspeare conceber sua obra mais famosa “Romeu e Julieta”. Para ler o conto completo que serviu ao famoso inglês, leia o livro “100 Melhores Histórias da Mitologia” de A. S. Franchini e Carmen Seganfredo.  

Abraços.      

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