Viver é poesia
Você já deve ter "ouvido falar" de Manoel de Barros, o poeta sul-mato-grossense que faleceu aos 97 anos de idade no ano de 2014. "Memórias Inventadas, As Infâncias de Manoel de Barros" é um compilado de três livros intitulados de "Memórias Inventadas I, II e III, publicados de 2005 a 2007. Pela obra pode-se ter uma breve noção do que fazia o poeta; do quão íntimo era da Natureza e da Poesia que, no fim das contas, é a mesma coisa.
A divisão em infâncias é proposital. É que o poeta acreditava que a única fase da vida que perdura é a de criança. Assim, a Primeira Infância seria a infância propriamente dita, a Segunda Infância a maturidade e a Terceira seria a velhice. Bem, em tese, ou teoria, coisa que Manoel não gostava muito. Para ele poesia é poesia, não se explica, se entende; se faz. E ele fazia sempre e sem se preocupar com o futuro dos seus versos. Usava lá seus caderninhos artesanais para registrar o mundo de forma singular. Conseguia fazer poesia com temas ignorados pela maioria das pessoas, como , por exemplo, uma lata velha. Numa de suas poesias mais criativas chega a poetizar o ato de obrar.
Homem culto, mas humilde, amigo dos pássaros e avesso aos doutores. Um exemplo de harmonia com o Mundo e que deixou um legado maravilhoso. Ler Manoel de Barros é como voltar para casa à tarde e observar o sol se pôr. É como ver as estrelas salpicarem o céu aos poucos enquanto a noite chega; escutar o farfalhar das folhas nas árvores.
Agradeço à escritora Isa Oliveira pela indicação.
Fica a breve resenha e a dica.
Abraço!
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