24 de março de 2011

A Mão do Tempo


Já reparou que nada está imune ao tempo? Dor, amor, tristeza, alegria, tudo pende com o passar dele. Sábio é aquele que o compreende.
Eis o que diz nosso cancioneiro popular (e caipira como este que vos escreve):

Na solidão do meu peito o meu coração reclama
Por amar quem está distante e viver com quem não ama
Eu sei que você também da mesma sina se queixa
Querendo viver comigo, mas o destino não deixa.

Que bom se a gente pudesse arrancar do pensamento
E sepultar a saudade na noite do esquecimento
Mas a sombra da lembrança é igual a sombra da gente
Pelos caminhos da vida, ela está sempre presente.

Vai lembrança e não me faça querer um amor impossível
Se o lembrar nos faz sofrer, esquecer é preferível
Do que adianta querer bem alguém que já foi embora,
É como amar uma estrela que foge ao romper da aurora.

Arranque da nossa mente, horas distantes vividas
Longas estradas que um dia foram por nós percorridas
Apague com a mão do tempo os nossos rastros deixados
Como flores que secaram no chão do nosso passado.

Repare que o caipira fecha sua ideia em cada estrofe. Além disso, rima de forma rica todas elas. Lembrando também que isso não é um poema, mas música. É simples e magnifico.

Veja os caipiras:

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