10 de abril de 2013

O diário do Fezesman: Eu

 

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Há muito tenho observado e já fazendo uso, dos “eus” da vida. Como o diário é meu e a opinião é minha, o problema é seu. 

Os seres humanos possuem tara especial por isso. Precisam, são ávidos, loucos por atenção eu usam o eu para tudo na vida. Eu sou assim, eu sou assado, eu apoio, eu curto, eu cago. Carentes? Importantes? Escritores? Artistas? Merdas?

Eu penso em algumas coisas. Por exemplo, o termo “escritor”, utilizado para definir quem escreve. Eu sou escritor porque lancei um livro? Eu sou escritor porque escrevo, mas ainda não lancei nada? Eu sou escritor e pronto! Escritor é quem é lido por alguém. Este alguém é quem diz: “li o livro de fulano ou li a crônica de fulano, li a poesia de fulano”. Daí, fulano, é escritor. Fulano não sou escritor! Eu, fulano, escrevo, só. Não posso me intitular de algo que me é concedido por alguém mais importante: o leitor.

É assim para tudo. Eu não sou nada além das minhas ações que fornecerão aos outros condições de me definir.

O eu me irrita e irrita gente também, ora porque o eu dela é mais bonito do que o eu que está vendo, ora porque o eu é chato mesmo; é deselegante, pretensioso e ajuda a propagar seres egocêntricos. Como se já não houvesse o bastante… Troque o seu pronome, os seus verbos!    

Abraços fecais!  

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