8 de abril de 2022

A cidade onde moro



A cidade em que passo os dias não é grande o bastante nem pequena o suficiente. Ela tem um quê de rio (que leva o seu nome!) e uma ponte de ferro antiga, vermelha, bem bonita. Continuará, tenho esperanças, a crescer bastante e diminuir o suficiente. Crescer em oferecer aos seus moradores oportunidades e boa vida; diminuir em relação à violência e desigualdades. Ah, e que o seu povo, a parte dele que ainda não é, possa ser mais tolerante, amigo e acolhedor. 

Quando penso em acolhida me lembro dos amigos que fiz aqui, vizinhos, grandes historiadores, poetas, escritores, dançarinos, filósofos e os mais importantes: só amigos. Toda gente aqui, tal qual o rio é para a cidade, tem o seu quê. 

E nós vamos passar pela vida igual as águas do Mojiguaçu passam sob a Ponte de Ferro. O que fica? Mais lembrança, menos futuro. 

E é bom que seja assim.


2 comentários:

  1. Mogi Guaçu tem história e faz parte da história de muita gente. Moro aqui há quase 50 anos e vi muita coisa acontecer nas mais diversas áreas. Naquele tempo Mogi Guaçu era conhecida como "A capital cerâmica do Brasil", hoje o produto é outro, mas com a mesma importância e dignidade. Mogi Guaçu, 145 anos de trabalho, com as suas indústrias e o seu comércio impulsionando a riqueza desta próspera cidade.

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  2. Opa, amigo Acadêmico. Seu texto e observações muito acrescentam ao meu conhecimento e à postagem. Obrigado por passar por aqui. Um abraço.

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