8 de junho de 2010

"Passione" e "A História de Ana Raio e Zé Trovão"
















Ontem, a emissora de Silvio Santos começou a reprisar uma novela da antiga Teve Manchete, cujo nome está no título desta postagem. Podemos analisar, de imediato, grande mudança de como se fazia novelas antes com as que fazem hoje.

Vamos ao texto do wikpédia sobre "A história de Ana Raio e Zé Trovão":
A História de Ana Raio e Zé Trovão é uma telenovela brasileira produzida pela extinta Rede Manchete, e filmado em Mato Grosso, exibida de 12 de dezembro de 1990 a 13 de outubro de 1991. Foi escrita por Marcos Caruso e Rita Buzzar com a colaboração de Jandira Martini, idealizada e dirigida por Jayme Monjardim e teve co-direção de Roberto Naar e Marcos Schehtman. Ana de Nazaré, ainda criança, mora numa fazenda no Rio Grande do Sul com o pai e aos treze anos é estuprada por Canjerê. Ana fica grávida e dá a luz a uma menina a quem dá o nome de Maria Lua, e que acaba sendo raptada pelo pai. Treze anos se passam e Ana de Nazaré transformou-se em Ana Raio, uma afamada peoa de uma companhia de rodeios que procura a filha que lhe foi tirada dos braços após o nascimento, enquanto corre o país com sua caravana. Ao lado de Ana está João Riso, apaixonado por ela e que faz de tudo para agradá-la e ajudá-la a encontrar a filha. Um dia a caravana de Ana Raio cruza com outra caravana importante, a de Dolores Estrada, cuja a maior atração é o peão Zé Trovão, um rapaz que desconhece seu passado. Entre rodeios, feiras e viagens pelo Brasil, a história de amor entre Ana Raio e Zé Trovão se consolida.

E agora sobre a nova novela das oito:
Passione é uma telenovela brasileira, que é escrita por Sílvio de Abreu, e com direção-geral de Carlos Araújo e Luiz Henrique Rios, direção de Allan Fiterman, Natalia Grimberg e André Câmara e direção de núcleo de Denise Saraceni.Cerca de 50 anos antes do início da trama, a personagem Bete, grávida de outro homem, teria conhecido e se casado com Eugênio, que, inicialmente, se comprometeu em assumir a criança. Durante toda sua vida, Bete acreditou que seu filho não tinha resistido ao parto, e falecido, mas, no primeiro capítulo, Eugênio, à beira da morte, lhe revela que, por não suportar a ideia de criar o filho de outro, teria forjado o falecimento da criança. Essa criança teria crescido na Itália, com o nome de "Antonio Mattoli". Antonio, mais conhecido como Totó, mora na região da Toscana com sua irmã mais velha Gema e seus quatro filhos: Adamo, Agostina, Agnello e Alfredo. Quando Clara e Fred retornam ao Brasil, Agnello os acompanha. Uma vez no país chama a atenção de Stela, que, até então, se envolvia apenas casualmente com os homens que conhecia - por Agnello, entretanto, ficará enlouquecidamente apaixonada e terá sucessivos encontros, sem estabelecer nenhum compromisso. Numa noite, ele conhece Lorena, e, sem saber que ela seria a filha de Stela, encerrará o relacionamento com a mãe, em meio a protestos, para tentar se envolver com a filha.

Comparando as duas tramas, não notamos de imediato grande diferença. Não há mesmo, a meu ver, posto que a trama de Sílvio de Abreu possui elementos interessantes; é uma boa história. O que me intriga e me entristece são os recursos apelativos de que a novela é recheada. Indo desde idosos sendo enganados e roubados por seus empregados, adultério de mulher mais velha com garotos, traição de filho contra mãe, até traição de amigo por mulher e dessa mulher contra o marido em favor desse amigo dele. Deduzo que somos um povo que gosta de ver comportamentos suspeitos nas nossas telenovelas; que gostamos de tramas que nos ensinam a ser pessoas piores e que nada acrescentam em nossa cultura.

Por outro lado, outrora fomos um povo que assistia tramas que retratavam nosso país em suas regiões mais longínquas e que tinha algo significante para nos ensinar. Já no primeiro capítulo da novela antiga que relato, a protagonista é colocada a prova quando o vilão lhe toma a filha bebê e depois fere seu pai com uma faca. O que faríamos se fossemos Ana? Correríamos atrás do vilão ou ajudaríamos nosso pai ferido? Uma excelente "sacada" dos autores e que nos faz pensar a respeito. O pai ou a filha?

"Passione" ou "A História de Ana Raio e Zé Trovão"?

2 comentários:

  1. Realmente as novelas da Globo não nos acrescentam em nada. Imagino eu crianças vendo isso, como serão no futuro. Além disso, as meninas crescem achando que a vida é como na novela, que homem tem que ser rico, alto, forte e por ai vai. Quando ela se depara com a vida real, acontece o choque.

    É triste ver isso tudo, mas oque podemos fazer é assistir de camarote, Infelizmente.

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  2. Brilhante observação, meu amigo. Acredito que temos que mudar nossos hábitos televisivos, ao menos por hora...

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