Hoje trago aos meus amigos um poema. Diferente dos tradicionais trago um poema de corda feito pelo ilustríssimo poeta Zé da Luz. Quão simples e belas são suas palavras! Desprovida de português culto, mas nunca de sentimento e eis aí a essência do lírico. Chega de palavras e vamos aos versos:
Ai Se Sesse*
(Zé da Luz)
Se um dia nós se gosta-se
Se um dia nós se quere-se
Se nós dois se emparea-se
Se jutim nós dois vive-se
Se jutim nós dois mora-se
Se jutim nós dois drumi-se
Se jutim nós dois morre-se
Se pro céu nós assubi-se
Mas porém se acontece-se de São Pedro não abri-se
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu me arrimina-se
E tu com eu insinti-se
Prá que eu me arresouve-se
E a minha faca puxa-se
E o bucho do céu fura-se
Távez que nós dois fica-se
Távez que nós dois cai-se
E o céu furado arria-se
E as virgem todas fugir-se
Meus parabéns, Paul. Bela poesia. Um texto que alcança o grande sentido, além das palavras. Abraço.
ResponderExcluirObrigado Claudio. É muito bom saber sua opinião poética sobre João da Luz. Este poema me chamou muita atanção mesmo.
ResponderExcluirUm abraço, amigo