30 de julho de 2014

Não Nascemos Prontos! Provocações Filosóficas

 

Somos a edição mais nova de nós

Não Nascemos Prontos! é um dos três livros da série Provocações Filosóficas do autor Mario Sergio Cortella. Outro, o intitulado de Não se Desespere! já foi resenhado aqui no blog (postagem pode ser lida aqui). Tal qual o anterior, Não Nascemos Prontos! passeia por temas filosoficamente relevantes e atuais.

O prefácio é feito por um dos filhos do autor. Isso também ocorreu no Não se Desespere!, mas nele o prefácio é feito por outro filho. Tal tendência me leva a deduzir que Não Espere pelo Epitáfio!, o último Provocações Filosóficas também deve ser apresentado por um terceiro filho do escritor. Tal perspectiva é bem interessante, uma vez que conferimos como cada filho apresenta o pai; o que cada um enaltece da vivência que compartilharam. São óticas únicas as dos filhos e me questiono a singularidade da dos filhos de filósofo.

O livro em si reúne textos breves e inquisitivos sobre os mais variados temas. O que os une é a visão filosófica que Cortella dá ao cotidiano. Como é característico da trilogia Provocações Filosóficas, a ideia é dar ao leitor perguntas para que responda por si mesmo. Reflita e deduza. É um livro que não acaba. 

Pensatas do tipo “nascer pronto e acabado”, que, inclusive, dá título a obra, permeiam todo o livro. Alcançando as deduções que o tema exige, já que ao não nascer pronto, somos constantemente formados, alcança-se a informação de que não envelhecemos. Isso mesmo. Explico: o conceito de velho só se aplica às coisas prontas, que não mudam, já que para o que não muda a única opção existente é a deterioração. Nós homens, mudamos. Nascemos, crescemos, aprendemos. Para nós o conceito integral de velho não se aplica, já que há sempre “novidade”. Óbvio que isso não abrange o que se tem por deterioração. Mesmo assim, é uma forma inusitada de pensar. Assim é com vários assuntos, como insatisfação, ambição, internet, tempo, imprensa, egoísmo.

Em poucas palavras, leitura cativante e recomendada para todos aqueles que pretendem ver as coisas de uma forma diferente. Para os cansados do mesmo, do óbvio e das respostas padronizadas que servem para tudo, menos para satisfazer a ânsia por conhecimento. Um conhecimento que vem de dentro; que é reflexivo e maravilhoso. Cortella nos alerta, como alguns já fizeram, sobre a nossa identidade perturbada. Quem és tu? Quem sou? Quem sou eu de verdade. Eu já não sei…

E você?

Fica a resenha e a dica.                      

Abraço.

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